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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

DISBIOSE e Intestino Irritável pelo Dr Paulo Maciel

A disbiose intestinal significa, literalmente, uma disfunção colônica (do cólon) devido à alteração da flora intestinal. Os sintomas são usualmente intestinais, como flatulência, alteração do ritmo normal intestinal e distensão abdominal. A flora intestinal normal consiste de bacteróides, bacterium bifidum, várias cepas de E. coli, Enterococci e Lactobacili. Proteus, fungos, Clostridia, Staphilococci e esporos aeróbicos estão presentes em pequeno número. Além de outras funções, a flora intestinal sintetiza vitaminas, principalmente as do grupo B. Se a aflora intestinal é anormal, então a hipovitaminose pode acontecer. Existe uma relação entre a permeabilidade da membrana da mucosa intestinal e a flora intestinal normal. Portanto, quando estamos diante de um quadro de flora intestinal anormal, teremos uma inadequada quebra de peptídeos e reabsorção de toxinas do lúmen intestinal. Estas toxinas caem na circulação portal e podem produzir efeitos farmacológicos, “efeito exorfina”, dando quadro de letargia observada nos casos de múltipla sensibilidade a alimentos. Este fenômeno pode produzir uma grande quantidade de patologias, que vão de depressão a artrite reumatóide. É importante entender que a presença no cólon de fezes putrefativas, gerando placas duras e aderentes a mucosa intestinal, libera toxinas para todo o organismo. Estas toxinas podem ser alimentadas pela pele, onde teremos quadro de urticária e acne, ou para as articulações, gerando quadros de inflamação e até mesmo lesões articulares como a artrite reumatóide. O tratamento da disbiose consiste em duas abordagens, uma dietética e outra usando complexos homeopáticos, probióticos e organoterápicos, resolvendo assim a grande maioria dos casos. Nos casos mais graves, há a necessidade de lavagens colônicas (hidrocolonterapia) para remover conteúdos putrefativos do intestino e permitir a drenagem linfática do cólon. O stress psíquico deve ser identificado e tratado adequadamente. A dietoterapia para disbiose passa por uma orientação alimentar, evitando-se carnes vermelhas, leite de vaca e derivados, leite de cabra, ovos, soja, açúcar branco e alimentos processados. A dieta deve consistir em grande quantidade de vegetais, particularmente cenoura crua, couve-flor, repolho, cebola, alho e alho-poró, além de frutas, grãos, castanhas e outros legumes.
Teorias cientificas modernas das causas da disbiose podem ser atribuídas a uma serie de fatores: Uso indiscriminado de antibióticos; Uso indiscriminado de antiinflamatórios hormonais e não hormonais; Alergias alimentares; Abuso de laxantes; Nutrição pobre, com consumo excessivo de alimentos processados em detrimento aos alimentos crus; Excessiva exposição a toxinas ambientais; Doenças consuptivas (câncer e Aids); Disfunções hepatopancreáticas; Alteração de pH gastrintestinal; Stress; Diverticulose.
Disbiose intestinal - No nosso organismo, 100 trilhões de bactérias de mais de 400 espécies diferentes vivem em um delicado balanço. A nossa flora intestinal tem funções importantes como a síntese de algumas vitaminas e a defesa do nosso organismo. Quando esta flora é abalada, nosso organismo fica sujeito à passagem de toxinas para a circulação portal. É a disbiose intestinal, transtorno no qual as bactérias da flora normal ficam em minoria e o organismo torna-se debilitado já que a capacidade de defesa orgânica diminui. Artrite reumatóide, acne, urticárias, depressões, celulite, são transtorno que podem ter na disbiose um possível fator etiológico. Situações como uso de medicamentos (principalmente antibióticos), estresse, uso de laxantes, infecções, dieta inadequada, constipação intestinal, podem fazer com que haja um desequilíbrio desta população bacteriana. Os sintomas incluem desde alterações no ritmo intestinal, até flatulência, irritabilidade e fadiga. A avaliação com um médico faz-se necessária para o início do tratamento e a alimentação tem papel fundamental neste processo. A dieta deve ser individualizada e focada na causa do problema. De forma geral devem-se evitar corantes, conservantes, glutamato monossódico, carnes vermelhas e alimentos gordurosos. Alguns alimentos como leite, ovos, soja, açúcar branco e embutidos também devem ser evitados. Frutos do mar e alimentos ricos em glúten podem não ser desejáveis dependendo da gravidade do problema. A dieta deve consistir em grande quantidade de vegetais, particularmente cenoura, couve-flor, repolho, chicória, cebola, alho e alho-poró, além de frutas, farinha de banana, arroz integral e leguminosas. Sob orientação, também devem ser usados produtos contendo probióticos (microorganismos vivos que melhoraram a flora intestinal) como leites fermentados e iogurtes especiais.
Sintomas da Síndrome do Intestino Irritável - Quando uma pessoa sente uma dor forte no estômago ou mesmo uma cólica intestinal, e toma a iniciativa de procurar auxílio médico, invariavelmente não sabe a qual especialista recorrer. Os sintomas desses distúrbios podem indicar um desconforto momentâneo, uma diverticulite ou algum tipo de gastrite. No entanto, muitas vezes, a pessoa pode estar sofrendo de outro distúrbio de grande incidência que é a síndrome do intestino irritável (SII), uma doença pouco conhecida, mas que atinge cerca de 25% da população adulta mundial, na sua maioria mulheres. O gastroenterologista Flavio Steinwurz, da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn, explica que a síndrome é assim chamada devido às alterações emocionais que incidiam sobre o portador. A doença é um evento funcional que, ao contrário das doenças orgânicas, não apresenta lesões nem inflamação. Por isso, passou a ser usada a expressão síndrome do cólon irritável. Mais tarde, verificou-se que o problema não acomete só o cólon, mas outras partes do tubo digestivo. “Diante disso, para sermos precisos, a síndrome deveria ser chamada de esofagogastroenterocolopatia funcional, nome complicado demais”, esclarece. Na língua inglesa, essa síndrome é conhecida como Irritable Bowel Syndrome. Bowel significa tripa. “Ora, chamá-la de “síndrome da tripa irritadiça” também não parecia uma escolha adequada”, comenta o especialista. Assim, se você sente uma forte dor abdominal ou um desconforto que se alivia com a evacuação ou eliminação de gases, fique atento. Você pode ser mais uma vítima dessa síndrome que, nos Estados Unidos, é a segunda maior causa de falta ao trabalho, perdendo apenas para os estados gripais.
O Que É? - Constipação para o paciente significa fezes excessivamente duras e pequenas, eliminadas infreqüentemente ou sob excessivo esforço defecatório. Para o médico ela pode estar ocorrendo quando o paciente evacua até duas vezes por semana (menos de uma vez a cada 3-4 dias) ou há excessiva dificuldade para defecar. Já o pesquisador conceitua como diminuição do conteúdo líquido das fezes, ou seja, menos de 70% de água em seu peso total.
Como Se Trata? - Sempre que possível a dose ou tipo de medicamento que contribui para o aparecimento ou piora da constipação devem ser modificados, a fim de minimizar seus efeitos colaterais. Devem ser corrigidas ao máximo, as causas endócrinas, metabólicas, neurológicas, dieteto-alimentares e proctológicas causadoras ou contributivas à dificuldade evacuatória. Estimular a ingestão de fibras formadoras e umidificadoras do bolo fecal (a granola e o farelo de trigo são muito populares e eficientes), sugerir o uso de alimentos com propriedades laxativas naturais (são muito usados o mamão e a ameixa preta), aconselhar o uso de um ou mais dentre as diversas classes de laxativos, (sempre com parcimônia) e prescrever procinéticos (estimulantes peristálticos por via sangüínea, deglutidos ou injetados). O uso de supositórios ou enemas (lavagens intestinais) tem indicações importantes. Métodos cirúrgicos podem ser usados, mas sua indicação é rara, exceto nas lesões obstrutivas e nas anais dolorosas. Cabe mencionar o fecaloma - acúmulo de fezes muito endurecidas e secas no reto e sigmóide - que ocorre principalmente em pacientes idosos, psiquiátricos e neurológicos. Lavagens intestinais e supositórios podem ajudar, mas, com freqüência a desimpactação manual sob sedação ou alguma anestesia, se faz necessária. Cabe ressaltar o cuidado médico para evitar o dano ao esfíncter anal, durante essas manobras. Especial cuidado deve ser tomado quanto ao uso de laxantes sem orientação médica. Esses produtos, muitas vezes vendidos sob o rótulo de "naturais" ou disponíveis em farmácias sem necessidade de receita médica, podem causar dano e ter efeito irritativo sobre a mucosa e o sistema neuromotor do intestino. Além disso, pessoas com alterações cardíacas ou renais, podem apresentar piora aguda de suas doenças por perda excessiva de líquidos e minerais eliminados com as fezes. Ao contrário desses medicamentos, alimentos ou compostos contendo fibras podem ser usados com liberdade, recomendando-se a busca de atendimento médico caso medidas mais "potentes" sejam necessárias. Como se previne? – Educação e reeducação alimentar e de hábitos para evacuar com regularidade fezes de consistência macia. Ingestão de concentrados de fibras regularmente. Tratamento ou controle de enfermidades subjacentes locais ou sistêmicas, além da revisão dos medicamentos, principalmente os de uso contínuo.

Colesterol e Fibras - As fibras dos alimentos tendem a reduzir a absorção de colesterol no intestino e assim os níveis deste no sangue. Existem as fibras solúveis e as insolúveis. Encontramos fibras principalmente em alimentos derivados de plantas e sua principal composição é a celulose. Uma dieta rica em fibras, além de ajudar na prevenção de doenças cardiovasculares, ajuda na prevenção do câncer de intestino grosso. Dicas para aumentar a ingestão de fibras: Coma alimentos integrais como pão integral, arroz integral, frutas e verduras. Evite chips, bolachas, pão branco, bolos e doces. Tente comer mais vegetais e frutas cruas, inclusive a casca, quando adequado. O cozimento reduz o teor de fibras. Coma alimentos com alto teor de fibras em cada refeição. Cereais são recomendados já ao desjejum. Inclua feijões, sementes e grãos inteiros nas refeições. Adapte-se gradualmente a uma dieta rica em fibras e aumente o volume de água tomada durante o dia. Alimentos ricos em: Fibras solúveis são: Aveia (50% da população tem alergia a ela); farinha de aveia (?); feijões (muito taninos que retardam os movimentos peristálticos); ervilhas; frutas cítricas (as doce, as amargas, não); maçãs (sozinhas não é uma boa dica); morangos; framboesas. Alimentos ricos em fibras insolúveis: Pães integrais [os pães não são recomendáveis por formar fezes secas e duras, use em seu lugar bolachas (mas antes retire a farinha crua mergulhando-as em xícaras com café ou chá mate) feitas de coco]; cereais (comer com moderação, principalmente os industrializáveis); cenoura cozinhada, as cruas sujam e inflamam os intestinos, coma-as com moderação); couves (com procedência para evitar as colhidas com muito agrotóxicos); casca de maçãs (tome cuidado, lavá-las intensamente para retirada de agrotóxicos e ovos de vermes): Dicas de substitutos para alimentos ricos em colesterol ou gorduras formadoras de colesterol: Positivados: clara de ovo; camarão cozido; frutos do mar cozidos; arroz cozido; sopas com verduras; frango grelhado sem pele; batata cozida; sanduíches com alface, frango grelhado e saladas; mousse; molhos de vinagre; pudim de chocolate sem gordura. Negativados: camarão frito; salsichas; frutos do mar fritos; arroz frito; sopas cremosas; frango frito; batata frita; burgers; patê; croissant; molho holandês, bechamel ou béarnaide; café em demasia por dificultar a análise em loco de sangue nas fezes; refrigerantes e sucos industrializados de espécie alguma, pois eles ressecam os intestinos e seus corantes, emulsões, acumulam-se na próstata irritando-a por um longo período de tempo. (Revisado pelo editor PGAPereira).

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